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domingo, 2 de novembro de 2025

A Reforma Protestante e a Necessidade de uma Reforma Contínua

O Princípio da Reforma Perpétua

A Reforma Protestante do século XVI constitui um marco fundamental na história do cristianismo, ao recuperar princípios teológicos essenciais que haviam sido obscurecidos pela tradição eclesiástica. Contudo, os reformadores históricos nunca pretenderam que o movimento protestante se cristalizasse em novas tradições imutáveis. Pelo contrário, cunharam o princípio "Ecclesia reformata, semper reformanda" - "Igreja reformada, sempre se reformando" . Este artigo examina a necessidade contemporânea de uma "reforma da reforma", haja vista que muitas denominações protestantes contemporâneas têm negligenciado a centralidade das Escrituras, incorporando práticas antibíblicas que demandam correção à luz dos mesmos princípios que orientaram os reformadores.


1. Os Pilares da Reforma e Seu Contexto Histórico


1.1. Os Princípios Fundamentais


A Reforma Protestante estabeleceu cinco pilares teológicos fundamentais, conhecidos como os "Cinco Solas", que resumiam suas divergências doutrinárias com a Igreja Católica Romana :


· Sola Scriptura: A Bíblia como única autoridade infalível em matters de fé e prática

· Sola Fide: A justificação somente pela fé, não por obras

· Sola Gratia: A salvação como resultado exclusivo da graça divina

· Solus Christus: Cristo como único mediador entre Deus e os homens

· Soli Deo Gloria: A glória pertence somente a Deus


1.2. O Contexto Histórico e a Busca por Autenticidade


A Reforma surgiu num período de significativas transformações sociais, políticas e culturais na Europa do século XVI, o Renascimento . O humanismo renascentista, com sua ênfase no retorno às fontes originais, incentivou um novo exame das Escrituras em suas línguas originais, hebraico e grego . Reformadores como Lutero e Calvino, influenciados por essa abordagem, defenderam o direito de cada crente ter acesso direto à Palavra de Deus, sem a mediação exclusiva do sacerdócio . A invenção da imprensa permitiu que essas ideias se espalhassem rapidamente, democratizando o acesso às Escrituras e fomentando debates sobre a verdadeira natureza da fé e o papel da Igreja .


2. Desvios Contemporâneos das Escrituras


2.1. O Legalismo e a Imposição de Cargas

Muitas comunidades evangélicas contemporâneas têm imposto restrições legalistas como normas de santidade em áreas onde as Escrituras não legislaram explicitamente . Entre essas restrições incluem-se:

· Regulamentação de corte de cabelo, vestimenta, uso de joias e maquilagem

· Proibições quanto a tipos específicos de música, entretenimento e celebração de datas

· Exigência de dízimo obrigatório, em contradição com o princípio da contribuição voluntária 

Este legalismo representa um retorno ao jugo do qual a Reforma nos libertou, ao criar distinções artificialmente entre "sagrado" e "profano" em áreas que a Escritura deixa à liberdade cristã.


2.2. A Prosperidade e a Materialização da Fé

Uma das distorções mais significativas no protestantismo contemporâneo é a propagação do "evangelho da prosperidade", que começou na década de 1980 e continua vigorosamente . Esta doutrina:

· Distorce a mensagem bíblica ao prometer prosperidade material como garantia divina

· Utiliza técnicas de manipulação emocional para "esquilar as ovejas", como oferecer "artefatos milagrosos" em troca de contribuições financeiras

· Apresenta distorções de passagens bíblicas, especialmente de Malaquias 3:9-10, para justificar a exigência de dízimos obrigatórios 


2.3. A Confusão na Esfera Espiritual

Muitas comunidades evangélicas têm manifestado sérios desvios em sua compreensão do mundo espiritual, incluindo:

· Práticas questionáveis na "guerra espiritual": ensinam que se deve perseguir, amarrar ou dar ordens a Satanás, quando as Escrituras nos ordenam simplesmente resisti-lo 

· Demonização excessiva: atribuem a demônios responsabilidade por vícios e obras da carne que a Bíblia identifica como fruto da natureza pecaminosa 

· Maldições hereditárias: promovem a doutrina antibíblica de maldições geracionais que precisariam ser quebradas, negligenciando a suficiência da obra de Cristo 

2.4. Distorções na Compreensão da Cura


No âmbito da saúde e cura, proliferam ensinamentos que:

· Atribuem toda doença diretamente a Satanás, ignorando as dimensões naturais e fisiológicas

· Desencorajam ou proíbem explicitamente a consulta a médicos

· Culpabilizam os doentes por suposta "falta de fé" ou "pecado secreto" quando a cura não ocorre 


2.5. O Movimento Carismático e Suas Inovações

O movimento carismático, em suas diversas expressões, tem introduzido significativos desvios doutrinários e práticos:

· Atribuição ao Espírito Santo de manifestações não baseadas nas Escrituras: Muitas das práticas carismáticas contemporâneas carecem de fundamentação bíblica, sendo antes produto de experiências emocionais e manifestações sensacionalistas 

· Falsas profecias e revelações: A proliferação de profetas não autorizados que proclamam mensagens em nome de Deus sem autorização divina 

· Misticismo prático: Técnicas como "sanidade interior" que combinam psicologia freudiana com visualização de origem ocultista, negando a suficiência de Cristo e das Escrituras 


3. O Princípio Corretivo: Volta às Escrituras

3.1. Reafirmando a Sola Scriptura

O antídoto para os desvios contemporâneos é o mesmo que fundamentou a Reforma do século XVI: o retorno incondicional à autoridade suprema das Escrituras. É necessário:

· Reafirmar o princípio de que a Bíblia é suficiente para toda a vida e prática cristã

· Rejeitar doutrinas baseadas em experiências extracrípturas ou supostas novas revelações

· Exercer o discernimento espiritual mediante o estudo cuidadoso da Palavra


3.2. Reavivando o Sacerdócio Universal dos Crentes

A recuperação do sacerdócio universal de todos os crentes  é essencial para enfrentar os desvios atuais. Este princípio:

· Garante a todo crente acesso direto a Deus mediante Cristo, sem necessidade de mediadores humanos

· Outorga à comunidade cristã a responsabilidade de examinar as Escrituras e avaliar criticamente os ensinamentos

· Impede a concentração de poder espiritual em lideranças que frequentemente abusam de sua autoridade


3.3. Restaurando a Centralidade da Pregação Expositiva

Os reformadores restauraram a pregação expositiva como centro do culto cristão . Hoje, é urgente:


· Recuperar a exposição bíblica sistemática em contraposição a mensagens temáticas desconexas

· Valorizar o conteúdo doutrinário sólido frente ao entretenimento emocional

· Priorizar a profundidade teológica em detrimento de superficialidade pragmática


4. Conclusão: A Reforma como Processo Contínuo

A Reforma Protestante não foi um evento concluído no século XVI, mas um processo contínuo de retorno às Escrituras e purificação da Igreja. Os reformadores cometeram erros - como a identificação não crítica com o governo, a falta de amor nas disputas doutrinárias e a aceitação da violência  - que também exigem correção. A tarefa que temos pela frente é audaciosa: aplicar os princípios da Reforma à própria Reforma, corrigindo os desvios que surgiram em nossas tradições protestantes. Isto requer coragem para confrontar equívocos doutrinários, humildade para reconhecer onde nos afastamos das Escrituras e firmeza para restabelecer a supremacia de Cristo e de Sua Palavra sobre toda inovação humana. Que Deus conceda à sua Igreja a graça de ser verdadeiramente reformada e sempre se reformando segundo a Sua Santa Vontade.

"Ao único Deus, Salvador nosso, seja glória e majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, e agora, e para todo o sempre. Amém." (Judas 1:25)

Chacina no Morro do Alemão: Uma Análise Crítica da Maior Operação Policial da História do Rio

 

Resumo: Uma megaoperação policial nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, resultou na morte de 121 pessoas, tornando-se o episódio de maior letalidade da história policial do estado. Este artigo analisa criticamente as contradições, os possíveis excessos e as graves consequências humanitárias de uma ação que foi classificada por especialistas como uma "chacina".

Introdução: O Dia do Terror

· No dia 28 de outubro de 2025, uma megaoperação policial batizada de "Operação Contenção" mobilizou 2.500 agentes das polícias Civil e Militar nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro .

· O saldo oficial foi de 121 mortos - incluindo 4 policiais - e 113 presos, superando em mais do que o dobro o recorde anterior da favela do Jacarezinho (28 mortos em 2021) e tornando-se a ação policial mais letal da história do estado do Rio .

· O objetivo declarado era cumprir mandados de prisão contra integrantes do Comando Vermelho (CV), mas o resultado efetivo gerou uma das maiores controvérsias sobre o uso da força pelo Estado na história recente do país.


Metodologia e Limitações

· Esta análise baseia-se em dados oficiais, reportagens jornalísticas, declarações de autoridades e relatos de moradores e especialistas.

· É importante salientar a ausência crucial de imagens das câmeras corporais dos policiais, cujo uso completo não foi devidamente comprovado pelas autoridades, conforme solicitado pelo MPF e pela Defensoria Pública da União .

· A análise dos dados busca as contradições das versões oficiais com outros relatos e evidenciar contradições nos fatos apresentados.


Análise dos Fatos e Contradições

A Dinâmica da Operação e a Estratégia do "Muro do Bope"

· A operação foi planejada durante 60 dias e utilizou uma estratégia conhecida como "Muro do Bope", que consistia em empurrar os suspeitos em direção à área de mata fechada da Serra da Misericórdia .

· Segundo o governo estadual, essa tática teria como objetivo proteger a população civil, concentrando o confronto em uma área não edificada .

· No entanto, especialistas questionam a eficácia e o planejamento dessa estratégia. A professora Jacqueline Muniz, do Departamento de Segurança Pública da UFF, classificou a operação como uma "lambança político-operacional" e destacou que, para mobilizar 2.500 policiais, foi necessário retirar o policiamento de milhões de pessoas na região metropolitana, criando um vazio de segurança em outras áreas .

O Drama dos Corpos: Abandono pelo Estado e Ação dos Moradores

· Um dos episódios mais chocantes ocorreu quando moradores do Complexo da Penha retiraram pelo menos 55 corpos de uma área de mata e os levaram para a Praça São Lucas .

· A polícia alegou que "não sabia da existência" desses corpos, justificando que "quando acontece confronto em uma área de mata, muitos baleados acabam adentrando ainda mais, buscando ajuda, e a gente não consegue atender essa demanda" .

· Crianças e adolescentes participaram dos resgates, conforme mostram imagens que circularam nas redes sociais, onde aparecem com luvas, em cima de picapes, ajudando a transportar os mortos .

· A fundadora do Instituto Fogo Cruzado, Cecília Oliveira, descreveu essas cenas como um "retrato brutal do colapso do Estado" no Rio, afirmando que "quando jovens assumem este papel, fica evidente que o Estado não apenas se ausentou, mas transferiu às vítimas a responsabilidade pela própria sobrevivência" .

A Investigação Contra as Vítimas: A Inversão de Papéis

· Em vez de investigar sua própria conduta, a Polícia Civil abriu inquérito para apurar a retirada dos corpos da mata pelos moradores, acusando-os de "fraude processual" .

· O secretário da Polícia Civil, Felipe Curi, questionou a forma como os corpos foram apresentados, sugerindo que houve manipulação: "Eles estavam na mata, nós temos imagens deles todos paramentados, com roupas camufladas, com colete balístico, portando essas armas de guerra. Aí apareceram vários deles só de cuecas ou só de shorts, descalços, sem nada. Ou seja, é um milagre que se operou" .

· Essa postura foi criticada por especialistas. O coronel José Vicente da Silva Filho, ex-secretário nacional de Segurança Pública, avaliou que a retirada dos mortos pelos moradores representa um "enorme problema embaraçoso para o governo do Rio de Janeiro porque é impossível que a polícia não soubesse que havia uma quantidade imensa de corpos ali na mata" .

Quem Eram os Mortos? Análise do Perfil das Vítimas

· Dos 117 civis mortos, o governo divulgou os nomes de 99 .

· Dados oficiais revelam que pelo menos 78 tinham "histórico criminal", 42 contavam com mandado de prisão pendente de outros casos, e 30 não tinham passagem pela polícia .

· Um dado crucial: nenhum dos mortos constava na denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro que fez parte do processo que baseou a operação. A denúncia continha os nomes de 69 réus, com mandados de prisão preventiva para 48 pessoas, e nenhuma delas estava entre os mortos .

· Pelo menos 39 mortos eram de outros estados, com destaque para Pará (18), Amazonas (7), Bahia (6), Ceará (4) e Goiás (4), indicando uma possível presença de reforços externos ao Comando Vermelho .

A Reação das Instituições e da Sociedade Civil

· O Ministério Público Federal (MPF) e a Defensoria Pública da União (DPU) pediram explicações ao governador do Rio sobre a operação, questionando sua alta letalidade e se não havia "meio menos gravoso" de atingir seus objetivos .

· O MPF solicitou ao IML acesso em até 48 horas a todos os dados da perícia dos corpos, com exigências específicas sobre descrição de lesões, identificação de projéteis e exames radiográficos .

· Na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), a presidente da Comissão de Direitos Humanos, Dani Monteiro (Psol), denunciou a lentidão na liberação dos corpos: "A liberação dos corpos é morosa. Os corpos já estão fedendo. Não há geladeiras suficientes" .

· O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, Reimon (PT), foi mais contundente: "O governador é um assassino. Essa é a pior chacina do Brasil, superando o que aconteceu no Carandiru" .

Discussão: Entre a "Megaoperação" e a "Chacina"

Disputa Terminológica e Seus Significados

·  uma intensa disputa linguística em torno da caracterização dos eventos. Enquanto o governo e as autoridades estaduais se referem ao ocorrido como "megaoperação", movimentos de direitos humanos, especialistas e parcela da mídia classificam o evento como "chacina" .

· Gabriel Nascimento, linguista da Universidade Federal do Sul da Bahia, analisa que "o termo 'operação' é um nome vulgar para designar o exercício do poder soberano entre nós, aquele que decide quem pode morrer e quem pode viver". Já a palavra "chacina" teria vindo de um termo do latim vulgar para carne seca, o que parece "até piada, mas não é. O que vimos no Rio de Janeiro foi pura exploração de carne fresca de gente que foi executada" .

· Essa disputa semântica não é mero academicismo. Como explica Nascimento, "as escolhas linguísticas que os sujeitos fazem de suas palavras geram efeitos de sentido que dão valor simbólico a um fenômeno" .


 Eficácia Questionável da Operação

· Especialistas em segurança pública questionam a eficácia da operação. Para o Instituto Fogo Cruzado, "combater o crime organizado exige outra lógica. É preciso atacar fluxos financeiros, investigar lavagem de dinheiro, fortalecer corregedorias independentes e combater a corrupção dentro do Estado. Tudo que o Rio de Janeiro não faz há décadas" .

· O professor José Cláudio Souza Alves, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), foi mais contundente: "Isso tudo que vocês estão vendo aí hoje, arrebentando no Rio de Janeiro todo, é apenas uma imensa e gigantesca cortina de fumaça" .

· A operação cumpriu apenas 20 dos "mais de cem" mandados de prisão expedidos. Os outros 93 detidos foram presos em flagrante . O principal alvo, Edgar Alves de Andrade, o "Doca", apontado como integrante da cúpula do Comando Vermelho, conseguiu escapar do cerco policial .

O Contexto de Expansão do Crime Organizado

· A operação ocorreu em um contexto específico de expansão territorial do Comando Vermelho. Segundo pesquisa divulgada em 2024 pelo Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos da UFF e pelo Instituto Fogo Cruzado, o CV foi a única facção criminosa a expandir seu controle territorial de 2022 para 2023, no Grande Rio, com aumento de 8,4% .

· Com esse crescimento, a organização ultrapassou as milícias e passou a responder por 51,9% das áreas controladas por criminosos na região .

· Este contexto explica a justificativa oficial para a operação, mas não necessariamente justifica os métodos utilizados e sua altíssima letalidade.

Conclusão: O Preço da "Guerra" e a Banalização da Vida

· A megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha representa um marco trágico na história da segurança pública do Rio de Janeiro e do Brasil. Com 121 mortos, superou o massacre do Carandiru em número de vítimas e expôs a crueza de uma política de segurança que privilegia o confronto armado em detrimento de estratégias inteligentes e sustentáveis.

· As contradições na narrativa oficial - o abandono dos corpos, a investigação contra moradores, a falta de transparência com as câmeras, o perfil das vítimas que não correspondiam aos alvos originais - apontam para graves violações de direitos humanos e possíveis execuções sumárias.

· A naturalização desse nível de violência por parte do Estado, com a justificativa de combate ao crime organizado, consolida o que o filósofo Achille Mbembe chamou de "necropolítica" - a prática pelo qual Estados modernos decidem quem deve viver e quem deve morrer .

· Enquanto o governo comemora a apreensão de armas e a morte de "criminosos", crianças carregam corpos em picapes, mães choram seus filhos não identificados no IML e uma geração inteira cresce traumatizada pela violência de Estado. O verdadeiro custo dessa operação não pode ser medido apenas em números, mas na degradação da democracia e na banalização da vida humana na periferia.


"Nosso papel é não naturalizar a barbárie. Não foi só uma megaoperação, mas uma chacina. Se há tráfico e organizações criminosas, isso é por ausência do Estado." - Dani Monteiro, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Alerj .

sexta-feira, 1 de agosto de 2025

A Igreja Evangélica Brasileira como Massa de Manobra da Extrema Direita: Uma Análise Crítica

 A ascensão política da extrema direita no Brasil nas últimas décadas está intrinsecamente ligada ao crescimento e à instrumentalização de setores da Igreja Evangélica. Com mais de 30% da população brasileira declarando-se evangélica, segundo o Datafolha (2022), esse grupo tornou-se um ator central na política nacional. Sua influência, no entanto, tem sido frequentemente cooptada por projetos autoritários e conservadores, transformando fiéis em massa de manobra para agendas que ultrapassam questões religiosas e aprofundam divisões sociais.

Contexto Histórico: A Politização da Fé.

A partir dos anos 1980, as igrejas evangélicas, especialmente as neopentecostais, expandiram-se rapidamente no Brasil, usando estratégias midiáticas (como a TV Record) e discursos de prosperidade para atrair fiéis. Líderes religiosos  passaram a defender uma visão de mundo alinhada ao conservadorismo moral, combatendo pautas como direitos LGBTQIA+, aborto e pluralismo religioso.

Essa postura convergiu com a estratégia de partidos políticos que, desde os anos 2000, buscaram capitalizar eleitoralmente o crescimento evangélico. A bancada evangélica no Congresso, hoje com mais de 200 parlamentares, tornou-se um bloco coeso para barrar legislações progressistas e aprovar projetos como o "Estatuto da Família" (2015), que excluía famílias homoafetivas.

A Aliança com a Extrema Direita: Bolsonaro e o Projeto de Poder

A eleição de Jair Bolsonaro em 2018 simbolizou o ápice dessa aliança. Campanhas como "Brasil Acima de Tudo, Deus Acima de Todos" e o uso de símbolos religiosos (como a Bíblia) foram estratégias para associar o candidato a uma "missão divina". Líderes evangélicos endossaram Bolsonaro, apresentando-o como "o Davi contra Golias" — um salvador contra supostas ameaças comunistas e "globalistas".

Em troca, o governo Bolsonaro adotou políticas simbólicas e concretas para agradar às lideranças religiosas:

1. Nomeações estratégicas: Pastores para cargos como o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos .

2. Concessão de rádios e TVs a igrejas, ampliando seu alcance.

3. Retórica anticientífica: Negacionismo da pandemia e ataques a educadores, alinhados a visões religiosas fundamentalistas.

Mecanismos de Manipulação

A instrumentalização ocorre por meio de:

- Púlpitos políticos: Sermões que misturam religião e apoio a candidatos, usando a autoridade pastoral para pressionar fiéis.

- Narrativas de medo: Associar a esquerda a "perseguição cristã", satanismo e destruição da família.

- Redes sociais: Grupos de WhatsApp e canais gospel disseminam desinformação, como teorias de que o PT queira fechar igrejas.

Impactos na Democracia e na Sociedade

1. Erosão do Estado Laico: Projetos como "Escola Sem Partido" e a censura a conteúdos educacionais sob pretextos religiosos.

2. Perseguição a minorias: Crescimento da violência contra religiões de matriz africana e da LGBTQIA+fobia.

3. Polarização: A fé é usada para dividir a sociedade entre "bons cristãos" e "inimigos de Deus", enfraquecendo o debate público.

Resistências e Contradições

Nem todos os evangélicos compactuam com essa agenda. Movimentos como Evangélicos pela Democracia, e teólogos como Leonardo Boff criticam a manipulação da fé para fins autoritários. Além disso, pesquisas mostram que muitos fiéis priorizam questões sociais (como pobreza) em vez de pautas morais, indicando uma base menos homogênea.

Conclusão: Entre a Fé e a Exploração

A cooptação de setores evangélicos pela extrema direita revela um jogo perigoso entre religião e poder. Enquanto líderes religiosos e políticos se beneficiam mutuamente, comunidades periféricas — base majoritária das igrejas — muitas vezes veem suas demandas reais ignoradas. Romper esse ciclo exige reconhecer a diversidade evangélica e fortalecer discursos que reconciliem fé e justiça social, em vez de ódio e exclusão.

A democracia brasileira só sobreviverá se a religião deixar de ser arma e voltar a ser refúgio para os que clamam por dignidade.


segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

TERRITÓRIOS SEM LEI


Quando o Estado não consegue estar presente em determinadas comunidades de nossas cidades, o que vemos é a disputa do território por bandidos. Uns declaradamente, os que estão por trás do tráfico de entorpecentes e buscam se estabelecer nesses locais para fazer seus negócios escusos, muitas vezes com a conivência de agentes do próprio Estado, e, outros, que se dizem protetores da lei e da ordem, porém vendem uma falsa segurança com a cobrança por serviços para a comunidade. 

Qual é a diferença entre essas duas organizações? Nenhuma. Em troca de não ter pessoas do tráfico morando na comunidade, criou-se uma nova modalidade de associação criminosa, que acaba extorquindo aqueles que não tem opção de adquirir serviços senão com aqueles fornecidos pela própria associação.

Dessa forma, o Estado hoje está à mercê de dois tipos de facções criminosas, que devem ser combatidas pelos poderes constituídos. No entanto, não é o que estamos vendo hoje, pois existe uma ligação tênue dos agentes dessa segunda facção com o poder público, onde determinadas pessoas que se dizem fornecedoras de segurança, são, na verdade, em uma gradação simplista, piores que os bandidos declarados, pois estão disfarçados de pessoas honestas.

Assim, além desses territórios sofrerem pela falta de serviços fornecidos livremente no mercado, têm que conviver com a guerra entre essas duas facções criminosas, que vivem disputando espaços. Os moradores desses locais se sentem abandonados pelo poder público e à mercê de um estado de coisas que só causam desconforto na sociedade, já que não vê solução para esse conflito, nas periferias das grandes cidades.

Algumas instituições públicas vêm atuando no sentido de combater esses problemas, porém devido a infiltração de pessoas ligadas a esse assunto estarem no poder, o combate fica restrito a determinados órgãos, enquanto o assunto deveria partir de uma criação de uma política de governo, que combatesse todo esse caos estabelecido.

A criação de uma política de governo que combata todos os casos citados urge na nossa sociedade. Se um governo não toma isso como prioridade estabelecendo uma política, na qual englobe os diversos órgãos envolvidos, de nada adianta o combate isolado por parte de pessoas bem-intencionadas de algumas instituições, que ainda insistem sozinhos em extirpar esses males da sociedade.

A ausência de uma política nacional estruturada num plano de segurança pública sem estabelecer o combate desses males, está fadado ao fracasso. Pois, não se tem claramente um posicionamento do Estado sobre o assunto, nem o estabelecimento de um programa onde as situações descritas possam ser combatidas.

Enquanto isso, a população continua sofrendo em busca de dias melhores, esperando das autoridades constituídas empenho no sentido de buscar um trabalho conjunto em que sejam contemplados o combate a todo tipo violência por pessoas mal-intencionadas que só querem se locupletar em cima de uma população desprotegida, em virtude de suas situações econômicas e da ausência de uma atuação efetiva do Estado.https://pin.it/3BqCWUW


TERRITÓRIOS SEM LEI


Quando o Estado não consegue estar presente em determinadas comunidades de nossas cidades, o que vemos é a disputa do território por bandidos. Uns declaradamente, os que estão por trás do tráfico de entorpecentes e buscam se estabelecer nesses locais para fazer seus negócios escusos, muitas vezes com a conivência de agentes do próprio Estado, e, outros, que se dizem protetores da lei e da ordem, porém vendem uma falsa segurança com a cobrança por serviços para a comunidade. 

Qual é a diferença entre essas duas organizações? Nenhuma. Em troca de não ter pessoas do tráfico morando na comunidade, criou-se uma nova modalidade de associação criminosa, que acaba extorquindo aqueles que não tem opção de adquirir serviços senão com aqueles fornecidos pela própria associação.

Dessa forma, o Estado hoje está à mercê de dois tipos de facções criminosas, que devem ser combatidas pelos poderes constituídos. No entanto, não é o que estamos vendo hoje, pois existe uma ligação tênue dos agentes dessa segunda facção com o poder público, onde determinadas pessoas que se dizem fornecedoras de segurança, são, na verdade, em uma gradação simplista, piores que os bandidos declarados, pois estão disfarçados de pessoas honestas.

Assim, além desses territórios sofrerem pela falta de serviços fornecidos livremente no mercado, têm que conviver com a guerra entre essas duas facções criminosas, que vivem disputando espaços. Os moradores desses locais se sentem abandonados pelo poder público e à mercê de um estado de coisas que só causam desconforto na sociedade, já que não vê solução para esse conflito, nas periferias das grandes cidades.

Algumas instituições públicas vêm atuando no sentido de combater esses problemas, porém devido a infiltração de pessoas ligadas a esse assunto estarem no poder, o combate fica restrito a determinados órgãos, enquanto o assunto deveria partir de uma criação de uma política de governo, que combatesse todo esse caos estabelecido.

A criação de uma política de governo que combata todos os casos citados urge na nossa sociedade. Se um governo não toma isso como prioridade estabelecendo uma política, na qual englobe os diversos órgãos envolvidos, de nada adianta o combate isolado por parte de pessoas bem-intencionadas de algumas instituições, que ainda insistem sozinhos em extirpar esses males da sociedade.

A ausência de uma política nacional estruturada num plano de segurança pública sem estabelecer o combate desses males, está fadado ao fracasso. Pois, não se tem claramente um posicionamento do Estado sobre o assunto, nem o estabelecimento de um programa onde as situações descritas possam ser combatidas.

Enquanto isso, a população continua sofrendo em busca de dias melhores, esperando das autoridades constituídas empenho no sentido de buscar um trabalho conjunto em que sejam contemplados o combate a todo tipo violência por pessoas mal-intencionadas que só querem se locupletar em cima de uma população desprotegida, em virtude de suas situações econômicas e da ausência de uma atuação efetiva do Estado.https://pin.it/3BqCWUW


sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Manipulação genética



O mundo assistiu há pouco tempo um anuncio de uma pesquisa de um Chinês a respeito da cura de doença por meio de manipulação dos genes de embriões, cujos resultados tem levantado a questão ética sobre o fato.

De certo que o homem tem avançado no campo científico com descobertas que ajudam a humanidade a não ter determinado tipo de doenças disseminadas, porém ao adentrar na seara de modificar genes humanos está enveredando por caminhos tortuosos, para os quais não se sabe o fim.

A desculpa de realizar pesquisas para a cura de doenças vem abrindo espaços para que mais e mais pessoas busquem realizar experiências com os genes humanos, inclusive para a escolha do sexo, cor da pele e demais características dos seres humanos, cujos objetivos são questionáveis ante a história da humanidade sobre a seleção de raças.

Apesar de existir um controle rígido sobre questões da ética médica no âmbito de controle estatal ocidental, alguns países têm burlado esse controle realizando as mais diversas experiências, inclusive com a comercialização de materiais genéticos (óvulos e espermas) de doadores para inseminação artificial.

As novas gerações estão correndo um perigo gravíssimo, pois hoje já não se sabe com fidelidade a origem de algumas pessoas, que foram geradas em laboratórios e não através dos métodos normais, criando-se uma verdadeira bagunça geracional, pois não se sabe ao certo quem são os verdadeiros genitores.

O imediatismo humano é uma mal muito grande, os homens têm pensado mais no aqui e agora, sem se dar conta dos perigos para as gerações futuras de suas atitudes. A falta de uma regulação global sobre o assunto tem provocado o deslocamento de pessoas, para a execução de procedimentos pouco ortodoxos, em países que fazem da manipulação genética uma experiência corriqueira.

Tudo isso é devido à falta de resignação e fé do homem. Em tempos como esses urge que o mundo se volte ao seu Criador, pois só assim terão a verdadeira paz, e darão uma chance que uma nova geração se desenvolva saudável, sem os problemas que atualmente acharcam a vida moderna.


Manipulação genética



O mundo assistiu há pouco tempo um anuncio de uma pesquisa de um Chinês a respeito da cura de doença por meio de manipulação dos genes de embriões, cujos resultados tem levantado a questão ética sobre o fato.

De certo que o homem tem avançado no campo científico com descobertas que ajudam a humanidade a não ter determinado tipo de doenças disseminadas, porém ao adentrar na seara de modificar genes humanos está enveredando por caminhos tortuosos, para os quais não se sabe o fim.

A desculpa de realizar pesquisas para a cura de doenças vem abrindo espaços para que mais e mais pessoas busquem realizar experiências com os genes humanos, inclusive para a escolha do sexo, cor da pele e demais características dos seres humanos, cujos objetivos são questionáveis ante a história da humanidade sobre a seleção de raças.

Apesar de existir um controle rígido sobre questões da ética médica no âmbito de controle estatal ocidental, alguns países têm burlado esse controle realizando as mais diversas experiências, inclusive com a comercialização de materiais genéticos (óvulos e espermas) de doadores para inseminação artificial.

As novas gerações estão correndo um perigo gravíssimo, pois hoje já não se sabe com fidelidade a origem de algumas pessoas, que foram geradas em laboratórios e não através dos métodos normais, criando-se uma verdadeira bagunça geracional, pois não se sabe ao certo quem são os verdadeiros genitores.

O imediatismo humano é uma mal muito grande, os homens têm pensado mais no aqui e agora, sem se dar conta dos perigos para as gerações futuras de suas atitudes. A falta de uma regulação global sobre o assunto tem provocado o deslocamento de pessoas, para a execução de procedimentos pouco ortodoxos, em países que fazem da manipulação genética uma experiência corriqueira.

Tudo isso é devido à falta de resignação e fé do homem. Em tempos como esses urge que o mundo se volte ao seu Criador, pois só assim terão a verdadeira paz, e darão uma chance que uma nova geração se desenvolva saudável, sem os problemas que atualmente acharcam a vida moderna.


terça-feira, 17 de dezembro de 2019

Negar a realidade IV



Outra tentativa de negar a realidade dos fatos e que foi muito disseminado na internet, é a questão de o homem ter pisado na lua. Mesmo tendo sido o evento televisionado, e envolvido diversos profissionais na consecução do evento, alguns insistem em dizer que foi tudo uma farsa, a fim de que os Estados Unidos vencessem a guerra pela corrida espacial com a antiga União Soviética.

Ora, se tudo tivesse sido uma farsa, a própria União Soviética, com quem os Estados Unidos estavam competindo teriam, na mesma época, se manifestado em seus noticiários, negando o fato. Os Russos, no entanto, se limitaram em dizer que não estavam competindo com os EUA para levar o homem à lua, versão esta que foi posteriormente descoberta que era uma farsa.

Assim, qual o motivo que leva uma pessoa ou grupo de pessoas a negarem a realidade de uma forma tão banal, só podemos crer que por traz existe um plano malévolo, ou algum interesse escuso, para deixar confundido pessoas fracas que são levadas a acreditar em contos da carochinha e se associarem a uma ideia estapafúrdia, cujo objetivo, na maioria das vezes, é o de ganhar adeptos que são facilmente manipulados, e obter dividendos, sejam de que forma forem, políticos, eleitorais, financeiros, e etc.

Negar a realidade IV



Outra tentativa de negar a realidade dos fatos e que foi muito disseminado na internet, é a questão de o homem ter pisado na lua. Mesmo tendo sido o evento televisionado, e envolvido diversos profissionais na consecução do evento, alguns insistem em dizer que foi tudo uma farsa, a fim de que os Estados Unidos vencessem a guerra pela corrida espacial com a antiga União Soviética.

Ora, se tudo tivesse sido uma farsa, a própria União Soviética, com quem os Estados Unidos estavam competindo teriam, na mesma época, se manifestado em seus noticiários, negando o fato. Os Russos, no entanto, se limitaram em dizer que não estavam competindo com os EUA para levar o homem à lua, versão esta que foi posteriormente descoberta que era uma farsa.

Assim, qual o motivo que leva uma pessoa ou grupo de pessoas a negarem a realidade de uma forma tão banal, só podemos crer que por traz existe um plano malévolo, ou algum interesse escuso, para deixar confundido pessoas fracas que são levadas a acreditar em contos da carochinha e se associarem a uma ideia estapafúrdia, cujo objetivo, na maioria das vezes, é o de ganhar adeptos que são facilmente manipulados, e obter dividendos, sejam de que forma forem, políticos, eleitorais, financeiros, e etc.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

Negar a realidade III



Um dos maiores terrores da humanidade foi o holocausto, ou qual se refere a perseguição e morte de judeus do mundo todo pelos nazistas na segunda guerra mundial, porém existem muitas pessoas hoje tentando negar aqueles terríveis atos de atrocidades, e só não conseguem devido ao grande número de testemunhas vivas que sobreviveram ao massacre.

Será que precisamos de mais de sobreviventes a esses atos infames contra pessoas para saber que um fato de enorme repercussão aconteceu? Fechar os olhos para os acontecimentos do passado nos remete a repetição das mesmas atrocidades. A negação desses fatos só parte de pessoas que tentam impor suas ideias por meio da violência e truculência, ou de ditadores que querem esconder os crimes cometidos.

As pessoas que negam esses fatos comprovados, pensam da mesma forma daqueles que fizeram história pelos seus atos de crueldade, pois em seu íntimo possuem a mesma vontade de impor suas vontades através da selvageria, já que não encontram na maioria da sociedade civilizada apoio para as suas insanidades.


Negar a realidade III



Um dos maiores terrores da humanidade foi o holocausto, ou qual se refere a perseguição e morte de judeus do mundo todo pelos nazistas na segunda guerra mundial, porém existem muitas pessoas hoje tentando negar aqueles terríveis atos de atrocidades, e só não conseguem devido ao grande número de testemunhas vivas que sobreviveram ao massacre.

Será que precisamos de mais de sobreviventes a esses atos infames contra pessoas para saber que um fato de enorme repercussão aconteceu? Fechar os olhos para os acontecimentos do passado nos remete a repetição das mesmas atrocidades. A negação desses fatos só parte de pessoas que tentam impor suas ideias por meio da violência e truculência, ou de ditadores que querem esconder os crimes cometidos.

As pessoas que negam esses fatos comprovados, pensam da mesma forma daqueles que fizeram história pelos seus atos de crueldade, pois em seu íntimo possuem a mesma vontade de impor suas vontades através da selvageria, já que não encontram na maioria da sociedade civilizada apoio para as suas insanidades.


sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

Negar a realidade II



Alguns defendem a ausência de cotas para negros nas Universidades devido ao fato de se estarem criando mais estigmatização da raça junto aos demais, assim como também para Índios e Quilombolas, sem enxergar, no entanto, que essas pessoas realmente vem sofrendo há anos com a falta de políticas para eles, que os deixavam à margem da sociedade, seja por discriminação de cor, seja por não possuírem qualificação adequada, como também por não ter quem os representasse junto aos poderes constituídos.

Pois bem, atualmente, para termos uma ideia do que acontece, não iremos muito longe, é só verificar a composição atual da câmara de deputados e senado federal¹, para enxergar um dado alarmante no Brasil, cuja população é predominante parda, porém o quadro de políticos está assim configurado:

Na Câmara: 513 deputados – 385 são brancos (75%); 104 pardos (20,27%); 21 negros (4,09%); 2 Amarelos (0,38%); 1 indígena (0,19%).

No Senado: 81 Senadores – 67 brancos (82,71%); 11 pardos 13,58%; 3 negros (3,70%).

Assim, se não tivermos consciência da realidade na qual vivemos, não poderemos mudar as coisas e como elas estão sendo conduzidas. E, desta feita, se estiverem querendo esconder os fatos que demonstram a marca da desigualdade dessa população, esses dados já dizem tudo, por si só.

¹ Dados colhidos no seguinte endereços na internet:  https://www.metropoles.com/brasil/politica-br/saiba-tudo-sobre-a-nova-composicao-da-camara-e-do-senado-federal , de 01/02/2019.

Negar a realidade II



Alguns defendem a ausência de cotas para negros nas Universidades devido ao fato de se estarem criando mais estigmatização da raça junto aos demais, assim como também para Índios e Quilombolas, sem enxergar, no entanto, que essas pessoas realmente vem sofrendo há anos com a falta de políticas para eles, que os deixavam à margem da sociedade, seja por discriminação de cor, seja por não possuírem qualificação adequada, como também por não ter quem os representasse junto aos poderes constituídos.

Pois bem, atualmente, para termos uma ideia do que acontece, não iremos muito longe, é só verificar a composição atual da câmara de deputados e senado federal¹, para enxergar um dado alarmante no Brasil, cuja população é predominante parda, porém o quadro de políticos está assim configurado:

Na Câmara: 513 deputados – 385 são brancos (75%); 104 pardos (20,27%); 21 negros (4,09%); 2 Amarelos (0,38%); 1 indígena (0,19%).

No Senado: 81 Senadores – 67 brancos (82,71%); 11 pardos 13,58%; 3 negros (3,70%).

Assim, se não tivermos consciência da realidade na qual vivemos, não poderemos mudar as coisas e como elas estão sendo conduzidas. E, desta feita, se estiverem querendo esconder os fatos que demonstram a marca da desigualdade dessa população, esses dados já dizem tudo, por si só.

¹ Dados colhidos no seguinte endereços na internet:  https://www.metropoles.com/brasil/politica-br/saiba-tudo-sobre-a-nova-composicao-da-camara-e-do-senado-federal , de 01/02/2019.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

Negar a realidade I


A negação da realidade é uma patologia comportamental usada por àqueles que querem se proteger de algo que os incomoda sensivelmente¹. Fazendo isso, acham que vão esconder seus erros de raciocínio. Atualmente, o que se pode ver é exatamente isso, onde as mentiras estão dando lugar às verdades mais absolutas, causando confusão até naqueles que tem um mínimo de bom senso.

A falta de equilíbrio é tanta que se chega ao absurdo de negar a própria forma do nosso planeta, cujo formato já foi fotografado diversas vezes a partir do universo. Porém, o que mais é de se impressionar são as mentiras disseminadas por políticas oficiais, onde autoridades constituídas, tentam a todo custo sustentar teses inverossímeis, de forma a justificar as suas incapacidades de produzir algo que possa mudar a realidade e consequentemente a vida das pessoas.

O maior absurdo que se tem visto ultimamente é negar a influência maléfica do homem na natureza, fenômeno esse que tem causado tanta degradação na terra, com o aumento da temperatura ano a ano e a difusão desses efeitos na atmosfera terrestre.

O desenvolvimento sustentável tornou-se para essas pessoas, um discurso de esquerda e não um problema mundial que afeta a todos, tudo isso para justificar uma política de invasão de terras por aqueles que querem se enriquecer às custas da destruição dos recursos naturais.

Aliás, há que se dizer que esses grupos não querem um desenvolvimento sustentável, pois utilizam métodos de destruição em tudo que tocam, somente para extrair riquezas do solo, agindo como verdadeiros gafanhotos, deixando para traz um rastro de degradação que dificilmente pode ser recuperado.

Defender o indefensável em um discurso oficial é uma forma dessas pessoas amealharem essa espécie de gente para uma causa eleitoreira, onde são usados como massa de manobra para garantir um projeto de poder destrutivo, no qual só quem ganha são os mesmos, pois se mantém no poder por meio de um discurso falso, somente para agradar os segmentos da sociedade que utilizam da violência e da truculência para conquistar seu espaço, uma vez que não possuem apoios próprios de sociedades civilizadas.


As consequências desses pseudos posicionamentos na esfera oficial se vêem disseminados na sociedade, onde se encontra guarida para praticar todo tipo de iniquidades em nome de uma falsa política, a qual nem resolve os problemas, e nem reprime os atos violentos de grupos organizados que só tem por fim conquistar territórios com as truculências que lhes são peculiares.

Essas pessoas não percebem que seus atos, além, de cedo ou tarde, serem desmascarados pelos seus próprios apoiadores, também, ofendem àqueles mais atingidos com esse tipo de política, que são as pessoas com menos formação da sociedade, cuja realidade lhes é negada, de forma que não enxerguem as verdadeiras causas dos problemas, e não lutem por alternativas para uma mudança com base no enfrentamento do status quo vigente.

¹ “A negação da realidade consiste em fazer de conta que não se sabe ou se recusar a admitir algo que trará sensações extremamente desagradáveis”.. Extraído do texto Comportamento: Mecanismo de Defesa: Negação da Realidade de Rossana Ribeiro da Graça Kikuti,( www.ipe-instituto.org.br/index.php/lista-de-jornais-usermenu-2/985-novembro-de-2012/1200-comportamento-mecanismo-de-defesa-negacao-da-r…).


Negar a realidade I


A negação da realidade é uma patologia comportamental usada por àqueles que querem se proteger de algo que os incomoda sensivelmente¹. Fazendo isso, acham que vão esconder seus erros de raciocínio. Atualmente, o que se pode ver é exatamente isso, onde as mentiras estão dando lugar às verdades mais absolutas, causando confusão até naqueles que tem um mínimo de bom senso.

A falta de equilíbrio é tanta que se chega ao absurdo de negar a própria forma do nosso planeta, cujo formato já foi fotografado diversas vezes a partir do universo. Porém, o que mais é de se impressionar são as mentiras disseminadas por políticas oficiais, onde autoridades constituídas, tentam a todo custo sustentar teses inverossímeis, de forma a justificar as suas incapacidades de produzir algo que possa mudar a realidade e consequentemente a vida das pessoas.

O maior absurdo que se tem visto ultimamente é negar a influência maléfica do homem na natureza, fenômeno esse que tem causado tanta degradação na terra, com o aumento da temperatura ano a ano e a difusão desses efeitos na atmosfera terrestre.

O desenvolvimento sustentável tornou-se para essas pessoas, um discurso de esquerda e não um problema mundial que afeta a todos, tudo isso para justificar uma política de invasão de terras por aqueles que querem se enriquecer às custas da destruição dos recursos naturais.

Aliás, há que se dizer que esses grupos não querem um desenvolvimento sustentável, pois utilizam métodos de destruição em tudo que tocam, somente para extrair riquezas do solo, agindo como verdadeiros gafanhotos, deixando para traz um rastro de degradação que dificilmente pode ser recuperado.

Defender o indefensável em um discurso oficial é uma forma dessas pessoas amealharem essa espécie de gente para uma causa eleitoreira, onde são usados como massa de manobra para garantir um projeto de poder destrutivo, no qual só quem ganha são os mesmos, pois se mantém no poder por meio de um discurso falso, somente para agradar os segmentos da sociedade que utilizam da violência e da truculência para conquistar seu espaço, uma vez que não possuem apoios próprios de sociedades civilizadas.


As consequências desses pseudos posicionamentos na esfera oficial se vêem disseminados na sociedade, onde se encontra guarida para praticar todo tipo de iniquidades em nome de uma falsa política, a qual nem resolve os problemas, e nem reprime os atos violentos de grupos organizados que só tem por fim conquistar territórios com as truculências que lhes são peculiares.

Essas pessoas não percebem que seus atos, além, de cedo ou tarde, serem desmascarados pelos seus próprios apoiadores, também, ofendem àqueles mais atingidos com esse tipo de política, que são as pessoas com menos formação da sociedade, cuja realidade lhes é negada, de forma que não enxerguem as verdadeiras causas dos problemas, e não lutem por alternativas para uma mudança com base no enfrentamento do status quo vigente.

¹ “A negação da realidade consiste em fazer de conta que não se sabe ou se recusar a admitir algo que trará sensações extremamente desagradáveis”.. Extraído do texto Comportamento: Mecanismo de Defesa: Negação da Realidade de Rossana Ribeiro da Graça Kikuti,( www.ipe-instituto.org.br/index.php/lista-de-jornais-usermenu-2/985-novembro-de-2012/1200-comportamento-mecanismo-de-defesa-negacao-da-r…).


sexta-feira, 25 de maio de 2018

El Movimiento paredista


El movimiento paredista de los camioneros brasileños demostró fuerza ante la política actual de precios de la petrolera nacional que cambió el escenario de la producción nacional, la cual no tiene como soportar los costos de un movimiento diario de precios que vienen siendo practicados.

Lo que quedó demostrado claramente es que el petróleo no es nuestro. Esa energía tan esencial para el mantenimiento de la producción y de los servicios internos se encuentra en manos de un mercado que no admite pérdidas, aunque sea para resolver un problema crónico del transporte nacional.

La búsqueda de beneficios es la base de ese mercado, no importa si la mayoría de la población no tiene condiciones de asumir la política de precios adoptada. El principio del libre mercado no puede prevalecer ante la ganancia de unos pocos que se enriquecen en detrimento de muchos, siendo esa la actual política de precios siguiendo la lógica del mercado.

Ningún sistema político puede subsistir imponiendo políticas de transferencia de renta de los más pobres a los más ricos. Si no hay un equilibrio de fuerzas donde todos cedan un poco, el impasse va a continuar, y los daños serán enormes para la economía nacional.

El Movimiento paredista


El movimiento paredista de los camioneros brasileños demostró fuerza ante la política actual de precios de la petrolera nacional que cambió el escenario de la producción nacional, la cual no tiene como soportar los costos de un movimiento diario de precios que vienen siendo practicados.

Lo que quedó demostrado claramente es que el petróleo no es nuestro. Esa energía tan esencial para el mantenimiento de la producción y de los servicios internos se encuentra en manos de un mercado que no admite pérdidas, aunque sea para resolver un problema crónico del transporte nacional.

La búsqueda de beneficios es la base de ese mercado, no importa si la mayoría de la población no tiene condiciones de asumir la política de precios adoptada. El principio del libre mercado no puede prevalecer ante la ganancia de unos pocos que se enriquecen en detrimento de muchos, siendo esa la actual política de precios siguiendo la lógica del mercado.

Ningún sistema político puede subsistir imponiendo políticas de transferencia de renta de los más pobres a los más ricos. Si no hay un equilibrio de fuerzas donde todos cedan un poco, el impasse va a continuar, y los daños serán enormes para la economía nacional.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

A Escassez, nosso melhor professor


Muitos murmuram quanto à escassez de coisas em suas vidas, pois saiba que ela é o nosso melhor professor. A falta de determinados produtos tem levado às empresas a se readequarem no mercado reinventado produtos, devido, por exemplo, à escassez do petróleo no mundo, a falta d’água, etc.


Quando uma coisa falta, pessoas começam a buscar alternativas, que às vezes são até melhores do que as antes utilizadas. A nossa vida é feita de ciclos, assim como também é a natureza, quando chega o tempo de dificuldade, temos que buscar alternativas, e acreditem, existe diversas formas alternativas a serem buscadas.


Assim, ao invés de ficarmos murmurando da sorte, busquemos enxergar as alternativas para as nossas dificuldades (escassez), pois se você ficar só reclamando de tudo, sua vida ficará estagnada (paralisada), e talvez você até fique doente, pensando que não há mais jeito.



Na vida, só não temos solução para a morte, as demais coisas, tudo, pode ser mudado, transformado, basta nos dispormos a enxergar acima das dificuldades e querermos buscar de verdade alternativas para os nossos problemas.


O Senhor Deus, sujeitou todas as coisas a nós, como está escrito nas Escrituras, e em Provérbios 16:4 diz que “O SENHOR criou tudo o que existe com um propósito definido; até mesmo os ímpios para o dia do castigo.”



Portanto, transformemos sempre a escassez de nossas vidas em novas ideias, em novas alternativas, para que possamos prosseguir e cumprir nosso propósito nesta vida.


Assim, como o Apóstolo Paulo na Carta aos Filipenses (Filipenses 4:11-13) disse ter aprendido a viver os momentos de fartura e escassez, também aprendamos com Ele, conforme escreve a seguir:


"Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade. 

E esta força ele possuía devido a sua  fé em Jesus, conforme disse também após a passagem acima, "Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece." 

A Escassez, nosso melhor professor


Muitos murmuram quanto à escassez de coisas em suas vidas, pois saiba que ela é o nosso melhor professor. A falta de determinados produtos tem levado às empresas a se readequarem no mercado reinventado produtos, devido, por exemplo, à escassez do petróleo no mundo, a falta d’água, etc.


Quando uma coisa falta, pessoas começam a buscar alternativas, que às vezes são até melhores do que as antes utilizadas. A nossa vida é feita de ciclos, assim como também é a natureza, quando chega o tempo de dificuldade, temos que buscar alternativas, e acreditem, existe diversas formas alternativas a serem buscadas.


Assim, ao invés de ficarmos murmurando da sorte, busquemos enxergar as alternativas para as nossas dificuldades (escassez), pois se você ficar só reclamando de tudo, sua vida ficará estagnada (paralisada), e talvez você até fique doente, pensando que não há mais jeito.



Na vida, só não temos solução para a morte, as demais coisas, tudo, pode ser mudado, transformado, basta nos dispormos a enxergar acima das dificuldades e querermos buscar de verdade alternativas para os nossos problemas.


O Senhor Deus, sujeitou todas as coisas a nós, como está escrito nas Escrituras, e em Provérbios 16:4 diz que “O SENHOR criou tudo o que existe com um propósito definido; até mesmo os ímpios para o dia do castigo.”



Portanto, transformemos sempre a escassez de nossas vidas em novas ideias, em novas alternativas, para que possamos prosseguir e cumprir nosso propósito nesta vida.


Assim, como o Apóstolo Paulo na Carta aos Filipenses (Filipenses 4:11-13) disse ter aprendido a viver os momentos de fartura e escassez, também aprendamos com Ele, conforme escreve a seguir:


"Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade. 

E esta força ele possuía devido a sua  fé em Jesus, conforme disse também após a passagem acima, "Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece." 

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Combate à Violência



O combate à violência no Brasil, demonstra-se ainda incipiente. Os governos subnacionais, que tem a incumbência de desvendar os crimes praticados, não estão aparelhados adequadamente e os profissionais não são remunerados de acordo com os riscos a que estão expostos.

A questão da segurança pública no Brasil ainda não é tratada de forma integrada com outras políticas de governo. O combate à criminalidade no Estado do Rio de Janeiro demonstrou uma melhoria nos índices de criminalidade, haja vista que aliou a presença efetiva da polícia com a prestação de outros serviços públicos nas comunidades. Porém, se essas medidas não são intensificadas, o que vemos é o retorno à barbárie.

As instituições criadas para retirar das ruas às pessoas que praticam atos criminosos, não cumprem o papel de reeducar, pelo contrário, incentivam ainda mais a essas pessoas a se associarem para a prática de delitos.

As leis demonstram-se ineficientes no sentido de manter criminosos nocivos à sociedade fora de seu convívio. As penas são reduzidas e não leva em conta, objetivamente, o grau de periculosidade dos indivíduos apenados. 

A sociedade em geral também incentiva à violência, quando permite a veiculação em rádios, jornais e televisão, das propagandas de bebidas alcoólicas e de incentivo ao sexo desregrado, bem como a divulgação dos “modus operandi” de criminosos. 

O Brasil ainda tem muito a avançar neste tema, não considerando só a segurança interna, mas a externa também, onde se verifica a entrada da violência por meio do tráfico internacional de armas e drogas, que atravessa as fronteiras fazendo suas vítimas.

Por tudo isso, urge a criação de uma política única e integrada de segurança pública, que envolva os diversos setores da sociedade responsáveis por prevenir e reprimir a questão da violência em nosso país, a qual aflige a população e ceifa vidas.

Desacreditar para conquistar.

A política hoje é a de desacreditar qualquer pessoa ou instituição a fim de dar vazão a sanha do poder pelo poder. Vivemos épocas difíceis...