A política hoje é a de desacreditar qualquer pessoa ou
instituição a fim de dar vazão a sanha do poder pelo poder. Vivemos épocas
difíceis onde a internet virou terra sem lei, onde se inventam diversos fatos
não comprovados de forma a dar crédito às decisões erradas que são adotadas.
A mentira deu lugar a verdade, a escuridão tomou o lugar da
luz. As pessoas em prol de suas ideias já não aceitam analisar os fatos a fim
de descobrir a verdade por traz de tantas mentiras que são divulgadas. Muitas
preferem continuar com as mentiras a fim de justificar o injustificável, ou
seja, a falta de medidas efetivas para resolução dos problemas sociais que
afligem a todos.
O que mais incomoda é saber que estas pessoas não estão sendo
enganadas, mas sim deliberadamente se deixam manipular por outras que só visam
o bem-estar de si próprios, deixando a grande maioria à mingua das medidas
necessárias que devem ser adotadas para alterar suas existências.
A culpa nunca é delas mesmas, sempre tem alguém ou algo para
se eximir de suas falhas nas decisões que deviam estar sendo tomadas para
minimizar os grandes problemas que nos afligem.
As tentativas de resolução dos problemas nunca atacam as
verdadeiras causas, sempre são buscadas as superficialidades dos fatos, contanto
que o cerne da questão seja escondido.
A ausência de políticas públicas para debelar os problemas
estruturais que temos, são deixadas de lado, pois o importante é desviar os
recursos para encher os bolsos de apoiadores para causas que são perdidas.
Uma hora a casa cai, e não dá mais para arrumar desculpas pelas próprias incompetências, pois quando se instala um caos social, não há como resolver sem uma ruptura institucional, já que não tem diálogo que dê jeito diante de tantos problemas.
A culpa, na maioria das vezes, sempre será lançada sobre aqueles que
resolvem por conta própria a não mais aceitar o estado de coisas pelos quais
foram obrigados a se calar.
Esse tipo de política é antropofágica, pois uma hora a porca torce o rabo, como dizem os antigos, já que não se tem competência para enxergar a própria destruição. E quando isso acontecer, resta o choro e lamentações, pois não há perdão para aqueles que conduzem milhões de pessoas ao desespero de ter que mendigar sempre as suas sobrevivências.